A vilã de nossos dias – A PAUSA!?

 

Se tivéssemos que escolher uma vilã de nossos dias, certamente, a PAUSA estaria nas primeiras posições dessa lista. Pausar é, para as pessoas modernas e ao culto da velocidade, perda de tempo. Fazer menos, ou, deixar de fazer algo. Pausar é impossível diante de todos os compromissos que temos a cumprir. Um desperdício de tempo! Um desafio!?

Será? Fazer as coisas que não são importantes, não seria o nosso maior desperdício? Fazer as coisas para agradar os outros. Fazer sem refletir o porquê!? A Dizer sim quando queria dizer não. Fazer por que a vida, o contexto, ‘impõem’ que deva ser realizado. Para mostrar, ou ser alguém, que nem eu mesmo bem sei. Como transformar essa realidade? Avançar nesse desafio?

A resposta que tantos buscam pode estar na própria vilã de nossos tempos – a PAUSA. Implica, sim, permitir-se desacelerar para refletir. Silenciar para escutar. Pausar para compreender. Olhar para realidade sobre novas perspectivas. Renunciar as coisas secundárias. Fazer mais com menos esforços. Ou seja, se conectar com a nossa essência, com os nossos propósitos. Buscar dar sentido a nossa Vida com aquilo que é fundamental. Nos realizar. Sermos felizes. Onde a alegria esteja presente.

O pensador francês David Le Breton destaca em seus livros a importância do silêncio e do caminhar para combatermos a desumanização em nosso entorno. O escocês Carl Honoré, ao apresentar o movimento DEVAGAR (moviment slow), nos desafia a encontrar o ritmo de nossas vidas. Se queres valorizar o teu maior tesouro – o teu TEMPO, dê o primeiro passo. ‘Quebre’ sua rotina com pequenas ações. Aumente sua consciência. Dê PAUSE! Dê TEMPO! Dê VIDA!     

Flávio Nerva